quarta-feira, 3 de julho de 2013

Acaba a greve dos rodoviários. Categoria deve voltar ao trabalho nesta quarta

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A greve foi considerada abusiva por unanimidade. Reajuste segue em votação
Foto: Mariana Dantas/NE10

Do NE10Com informações da repórter Mariana Dantas, direto do local
Depois de quase dois dias de paralisação e negociações sem acordo que se estenderam por quase dois meses, chegou ao fim a greve dos rodoviários no final desta terça-feira (2). A decisão foi tomada depois de julgamento do dissídio coletivo na sede da 6ª Região do Tribunal Regional do Trabalho (TRT), no Cais do Apolo, Centro do Recife. A greve foi considerada abusiva por unanimidade. Os desembargadores também votaram a favor da irregularidade de paralisações nos dias 14 de junho e 1º de julho, por falta de aviso prévio à população e tambémao patronato, que poderá descontar estes dias dos salários dos rodoviários. Os desembargadores estão decidindo agora outras reivindicações, entre elas o reajuste salarial e pagamento de horas extras para a categoria.
Algumas reivindicações já foram decididas. Sobre as horas extras, o judiciário resolveu que as duas primeiras horas extras terão adicional de 70%. A terceira hora extra, que pode ser feita por motivo de força maior, terá adicional de 100%. O reajuste para o vale refeição da categoria também já foi definido. A relatora da audiência, a desembargadora Dasy Anderson Tenório considerou o valor atual de R$ 160 - quantia diária de R$ 6,15 - insuficiente e propôs o valor de R$ 171,20. Doze desembargores votaram a favor deste reajuste, que equivale a 7%, com base na inflação. Dois consideraram pequeno o aumento e votaram contra. 

Antes da sessão começar, por volta das 18h, representantes da Oposição Rodoviária de Verdade foram chamados para uma reunião às 16h com os secretários de Articulação Social do Estado, Aluísio Lessa, e de Governo e Participação, Sileno Guedes. O motivo do encontro era a queixa dos dissidentes na falta de representação nas negociações.

Na sessão, presidida pelo desembargador Ivanildo Cunha, o advogado de defesa do Sindicado, Heriberto Carneiro, afirmou que o movimento do dia 14 de junho foi conduzido por manifestantes não ligados ao sindicato. Já sobre a paralisação dessa segunda (1º), alegou que o percentual estabelecido pela Justiça prejudicou o movimento grevista, já que 80% de frota circulante em horários de pico é o que geralmente circula na cidade. Sobre o pedido de reajuste salarial de 30%, o advogado dos rodoviários afirmou que era um percentual razoável e as empresas não ofereceram nenhuma contraproposta justa. O advogado de defesa do Sindicato das Empresas (Urbana-PE), Henrique Neuenschwander, ressaltou as irregularidades da paralisação, pontuando que reajuste de 30% éra um pedido inviável.
Mais informações em instantes

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